quarta-feira, 9 de maio de 2007

Colóquio 2 tem Paulo Freire e Luiz Beltrão como destaques

por Leticia Oliveira


Na segunda noite de debates, os pensadores Paulo Freire e Luiz Beltrão estiveram em pauta. O tema era Pensamento Comunicacional Latino-americano: As idéias pioneiras de Luiz Beltrão e Paulo Freire. A mesa foi coordenada por Pedro Gilberto Gomes (Unisinos - São Leopoldo-RS) e contou com a participação de Ana Carolina Temer (UFG - Goiânia), Valério Brittos (Unisinos - São Leopoldo-RS) e do ex-governador do Estado Antônio Hohlfeldt (PUCRS - Porto Alegre-RS).
Ana Carolina Temer, como não teve tempo de falar na palestra anterior fez uma síntese do seu trabalho que seria apresentado, Apontamentos sobre o jornalismo na televisão: Telejornalismo como gênero televisivo. Ana falou sobre a estratégia da programação da televisão, como por exemplo os jornais da Rede Globo que marcam os horários da refeições para prender o receptor. O Jornal Nacional é o jornal de maior destaque, pois está entre a novela das 19 horas e das 20 horas, quando os telespectadores terminam de assistir uma já ficam assistindo o jornal e esperando para começar a novela seguinte. Concluiu dizendo que ao mesmo tempo que o profissional de jornalismo define a sua atividade a partir da objetividade, muitas vezes o veículo tem necessidade de transformar conteúdos em espetáculos. Mas o telejornal também da credibilidade a emissora e interfere na vida social e política do país.

Valério Brittos teve como tema Midiatização, educação e direito no capitalismo contemporâneo, baseado na obra de Paulo Freire. Valério ressaltou que comunicação e capitalismo estão interligados e que a sociedade contemporânea é cada vez mais uma sociedade midiatizada. Mas que ainda é precária, pois ainda existe uma miséria na comunicação, as pessoas devem eliminar a dificuldade que têm de se comunicar. Com isso são gerados dois obstáculos: a dificuldade de publicização e as condições da educação. "Direito à comunicação: realização plena do projeto freiano."

Por fim, Antônio Hohlfeldt, fez uma comparação entre Paulo Freire e Luiz Beltrão. Ambos são de família católica, são da mesma geração e tiveram vidas bem parecidas dentro e fora da área da comunicação. Para Paulo Freire não existe ensinar, mas sim aprendizagem. Aprendizado não admite seres passivos. Já Luiz Beltrão defende a comunicação dos marginalizados, é uma pena e não uma vontade. Hohlfeldt diz que na aplicação da visão de comunicação social onde Freire para Beltrão completa mostrando um caminho para a comunicação midiatizada.
Para finalizar a noite de debates o Profº Dr. José Marques de Melo, comentou os estudos apresentados pelos convidados e deixou-os a disposição para os ouvintes fazerem suas perguntas.

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